Celebrar a Páscoa em tempo de pandemia | Diocese Bragança-Miranda

O memorial da Morte e Ressurreição de Cristo, nossa Páscoa e nossa Paz

Atendendo ao decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (CCDDS), publicado no passado dia 25 de março, e que atualiza as indicações gerais e as sugestões já apresentadas no decreto precedente do passado dia 19 de março acerca das celebrações da Semana Santa;

Tendo esclarecido que, apesar da pandemia, a data da Páscoa não se pode transferir;

E à luz das medidas restritivas do estado de emergência em curso, que dizem respeito aos ajuntamentos e à deslocação de pessoas, celebrem-se os ritos da Semana Santa sem concurso de povo, conforme as recomendações das competentes autoridades civis e de saúde;

Muito se recomenda que os fiéis sejam convidados a unir-se à oração nas suas casas, também graças à transmissão em direto dos vários momentos celebrativos e à valorização de subsídios preparados para a oração familiar e pessoal.

Em concreto, determinámos:

  1. Que, na medida do possível, estas celebrações se realizem na igreja catedral e nas paroquiais das Unidades Pastorais, onde os párocos farão a rotação que for possível e oportuna, mantendo as respetivas comunidades informadas acerca do lugar e da hora de cada celebração.
  2. Para o Domingo de Ramos, estabelece-se uma distinção entre a celebração na Catedral e nas igrejas paroquiais. No primeiro caso, pede-se que seja assumida a segunda forma prevista no Missal Romano (pág. 223), com uma procissão no interior da igreja com ramos de oliveira ou de palmeira. No segundo caso, porém, a entrada do Senhor em Jerusalém é comemorada de forma simples (terceira opção do Missal Romano, pág. 224).
  3. Quinta-feira Santa: o Decreto concede aos presbíteros, a título extraordinário, a faculdade de celebrar a Santa Missa sem participação do povo. Estabelece que se omitam o lava-pés e a procissão no final da celebração, repondo-se o Santíssimo Sacramento no Sacrário.
  4. Sexta-feira Santa: na Oração Universal acrescente-se a proposta da CCDDS (IX b. Pelas vítimas da atual pandemia). Dado que a segunda forma da apresentação da Cruz (Missal Romano, pág. 270s) supõe uma procissão no interior da igreja, nas circunstâncias atuais aconselha-se a que, nas paróquias, se opte pela primeira forma proposta pelo Missal Romano (pág. 270).
  5. Vigília Pascal: o Decreto prescreve que seja celebrada exclusivamente na igreja catedral e nas igrejas paroquiais das Unidades Pastorais. O lucernário limitar-se-á ao acender do círio pascal, seguido do canto ou recitação do Precónio Pascal. Da Liturgia batismal apenas se mantém a renovação das promessas batismais, sendo adiada a celebração dos Batismos. Pode celebrar-se no Seminário diocesano de S. José – e, onde for possível, nas comunidades religiosas.
  6. Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor: No sentido de sublinhar a unidade de toda a Igreja peregrina em Bragança-Miranda, sugere-se o toque festivo dos sinos de todas as igrejas possíveis ao meio-dia (12.00h) como manifestação de que Cristo está vivo e ressuscitado.
  7. O Regina Caeli e o Pai-Nosso: A partir do Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor, continuaremos, todos os dias, a tocar o sino ao meio dia onde possível e a rezar o Regina Caeli e o Pai-Nosso como oração pessoal ou familiar.

 

  • "Regina Caeli" (oração do meio dia no Tempo Pascal)
    V. Rainha do Céu, alegrai-vos, Aleluia!
    R. Porque Aquele que merecestes trazer em Vosso ventre, Aleluia!
    V. Ressuscitou como disse, Aleluia!
    R. Rogai por nós a Deus, Aleluia!
    V. Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria, Aleluia!
    R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!

 

  • Oremos
    Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, concedei-nos, Vos suplicamos, a graça de alcançarmos pela protecção da Virgem Maria, Sua Mãe, a glória da vida eterna. Pelo mesmo Cristo Nosso Senhor. Amen.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. 
Como era, no princípio, agora e sempre. 
Ámen. (3 x)

 

Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso 
Entre os esplendores da luz perpétua. 
Descansem em paz. Ámen

 

  • Pai-Nosso

         Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.

         O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

 

Bragança, 2 de abril de 2020

+ José, Bispo de Bragança-Miranda

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