2023-2026 | Projeto Pastoral «Unidos para oferecer a todos a alegria e a esperança do Evangelho» | Diocese Bragança-Miranda

APRESENTAÇÃO

A Diocese de Bragança-Miranda quer ser uma IGREJA SINODAL DE TODOS E PARA TODOS e sob o repto do seu Pastor: “Unidos para anunciar, celebrar e testemunhar a alegria e a esperança do Evangelho”. O Logotipo criado pela Tânia Pires pretende ser expressão desse processo que se inspira no caminho de Emaús e nasce do encontro com o Ressuscitado presente na Palavra e na Eucaristia, segundo a mensagem de D. Nuno Almeida: “O verdadeiro valor de uma Igreja toda ela sinodal consiste em pôr-se a caminho para e com Cristo, num dinamismo de renovação que se deixa iluminar pela luz da Palavra, alimentar pela Eucaristia e guiar pelo amor para colaborar com os homens e mulheres que trabalham por um mundo mais habitável, mais justo e mais humano.” Cada cristão é chamado a nutrir-se nas fontes da Palavra, formando uma continuidade orgânica com a mensagem de Jesus, isto é, tornando-se, pelo seu testemunho de vida, um mostruário da Palavra. A cor dourada significa o contacto com o Sol divino que, acolhido e escutado, plasma a vida e o coração dos discípulos missionários e acaba por irradiar para todo o seu ambiente.

 

TEMA

UNIDOS PARA OFERECER A TODOS A ALEGRIA E A ESPERANÇA DO EVANGELHO

Jesus Cristo é a nascente da alegria e da conversão missionária. A primazia de Jesus Cristo na missão da Igreja exige-nos uma profunda conversão pessoal, relacional, comunitária e pastoral, para permitir que Deus fale ao mundo de hoje. A missão pastoral de propor uma relação pessoal e revitalizante com Cristo como chave de realização plena é fruto do encontro diário e quotidiano com o Senhor e impõe o compromisso fiel e audaz de todo o Povo de Deus peregrino nesta diocese nordestina. Este projeto pastoral é um processo de enamoramento a Cristo, é uma caminhada de escuta, com a pedagogia de primeiro anúncio e a presença de acompanhamento próximo e samaritano para permitir a gestação de discípulos missionários configurados e alimentados de Cristo que “pelo seu mistério pascal, realizou a obra admirável de nos chamar do pecado e da morte à glória de geração escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo resgatado, a fim de que, libertos do poder das trevas para a claridade da vossa luz, anunciemos por toda a parte as vossas maravilhas” (Prefácio I Dominical do tempo comum). O nosso Bispo diocesano na sua primeira e programática carta pastoral “UNIDOS PARA OFERECER A TODOS A ALEGRIA E A ESPERANÇA DO EVANGELHO” coloca-nos dois desafios estruturantes, motrizes e provocadores que exigem a reconstrução da Igreja - da diocese à comunidade mais pequena – como casa de comunhão, de participação e missão. A sintonia cooperativa, o ritmo da unidade e da variedade como riqueza eclesial, entre as paróquias, unidades pastorais, arciprestado e diocese é o ecossistema mais favorável e prévio a tecer laços discipulares missionários, a construir comunidade e a qualquer reestruturação eclesial. No primeiro desafio “não abandonar nenhuma das comunidades eclesiais, mas tecer -artesanalmente - comunidades acolhedoras, unidas e missionárias” expressa o sentir próximo, samaritano e sinodal do Pastor diocesano para com todos os baptizados e o segundo desafio “responder adequadamente à sede que, hoje, os diocesanos têm de Deus: ouvir, tocar e ver Cristo vivo e ressuscitado” promove a exigência de uma autêntica iniciação cristã centrada na Palavra de Deus a ser escutada com amor, celebrada em júbilo e encarnada nas nossas histórias de vida. No coração da missão evangelizadora da Igreja, sempre, esteve o primeiro anúncio: o anúncio do nome de Jesus, Filho de Deus, e da ação salvadora que Deus realizou por meio da Sua Páscoa. Neste tempo de crise em que muitas comunidades se vão afastando da celebração do Domingo e, até perdendo o sentido e desejo de Deus, impõe-se implementar uma dinâmica de pastoral de primeiro anúncio para combater o cansaço rotineiro que paralisa a ação pastoral das nossas paróquias, movimentos eclesiais e serviços diocesanos e, assim, recuperar o vigor evangélico da alegria e da esperança que o nosso presente histórico exige.

O episódio dos discípulos de Emaús é, na sua singularidade, um itinerário de primeiro anúncio do Evangelho. No início do caminho está uma grande experiência humana do problema da salvação. O Evangelizador põe-se a caminhar com eles, pergunta, acolhe as suas angústias, constrói uma relação humana que lhes permite narrar a história da sua vida e, partir daqui, anuncia o caminho de Jesus Cristo, que é o Servo sofredor em absoluta fidelidade ao amor e à missão recebida de Deus. A vida destes discípulos transforma-se, o seu coração torna-se ardente, reconheceram o Senhor e regressam à comunidade para testemunhar. Na constatação da necessidade de uma nova linguagem para tornar o Evangelho conhecido, para que todos se deixem tocar e atingir pela sua novidade radical, o Instituto Diocesano de Estudos Pastorais (IDEP) irá promover o ensino e a formação de “uma teologia que olha para o alto, na escuta da Palavra; uma teologia que fixa o olhar na força motriz da vida cristã, que é Jesus; uma teologia que olha para baixo, que se abaixa como o Mestre ao lavar os pés do mundo, para discernir, na história, as sementes do Reino de Deus e acompanhar as questões inquietas da humanidade” (Papa Francisco, 17 de setembro de 2023). Este projeto pastoral tem como referencial o acontecimento de grande relevância espiritual, eclesial e social que será o jubileu “Peregrinos na esperança” no ano 2025 para que os corações se abram para receber a abundância da graça.

FONTE BÍBLICA

“E eis que nesse mesmo dia dois deles estavam a caminho de uma povoação, de nome Emaús …” (Lc 24, 13-35)

ÍNSIGNIA

Sinodalidade

OBJETIVO

Caminhar juntos para sermos igreja sinodal de todos e para todos. Peregrinar unidos para anunciar, celebrar e testemunhar a alegria e a esperança do Evangelho.

ROTEIRO PASTORAL

Atenção I Anúncio I Acompanhamento

1. Disponibilidade para a atenção (A de ATENÇÃO) A primeira atitude de Jesus Ressuscitado no caminho de Emaús é de escuta. A escuta atenta é o primeiro passo para entrarmos com verdade no ambiente e ritmo do discernimento. Escuta das pessoas e escuta do Espírito que fala nelas e em nós. Escuta empática, capaz de se deixar mudar por aquilo que nos toca a alma. Se há mudança no nosso ponto de vista e conversão de coração, é sinal de que há escuta verdadeira (D. Nuno Almeida).

2. A coragem do anúncio (A do ANÚNCIO) “Não ardia o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (cf. Lc 24, 32). O dom de acolher a verdade e o dom de dizer a verdade. O mundo tem sede de verdade. Sobretudo hoje. Estamos convocados para levarmos a sério esta sede de verdade e anunciarmos às pessoas a verdade que é o Evangelho. Num mundo repleto de “fake news” e dominado pela post-verdade somos chamados a ser a portadores da grande alegria do Evangelho (Cf. D. Nuno Almeida).

3. A discrição do acompanhamento (A de ACOMPANHAMENTO) É preciso aprender com Jesus que sabe caminhar connosco, abrir-nos a mente e aquecer-nos o coração, e depois desafiar-nos a tonar-nos adultos, a tomar corajosamente nas mãos a nossa vida. Em Emaús Jesus tem a coragem de “desaparecer na missão da Igreja”, de esconder-se para deixar à nossa liberdade o espaço da decisão e da ação. É grande a responsabilidade de aprendermos com Jesus a dar espaço às pessoas, a acompanhá-las sem as substituir, para que seja um caminho libertador, fecundo e vivificante. Jesus reanima, reaviva, reabilita a liberdade (Cf. D. Nuno Almeida).

DESAFIO 1 Não abandonar nenhuma das comunidades eclesiais: tecer “artesanalmente” comunidades acolhedoras, unidas e missionárias.

ESTRATÉGIAS PASTORAIS

1. Sinodalidade missionária 2. Celebração do Domingo [Eucaristia, Celebração da Palavra, ato de piedade] 3. Visita Pastoral [Missão, Participação, Comunhão] 4. Organicidade nas Comunidades [Equipa Pastoral com enquadramento Paróquia – UP – Arciprestado - Diocese] 5. Qualificar a Piedade Popular [Festas, Santuários, novenas] 6. Cuidar das periferias territoriais e existenciais 7. Fomentar caminhos de convivialidade na alegria e na esperança (Escuta, reconciliação e festa) 8. Processo de revisão da dinâmica e estruturas pastorais [Reconhecer, interpretar, optar)

DESAFIO 2 Responder adequadamente à sede que, hoje, os diocesanos têm de Deus: ouvir, tocar e ver Cristo vivo e ressuscitado.

ESTRATÉGIAS PASTORAIS

1. Grupos Semeadores da Alegria [Grupos bíblicos e eucarísticos] 2. Lectio Divina 3. Semana da Bíblia nas unidades pastorais 4. Valorizar a leitura da Palavra de Deus na catequese 5. A “Hora da Bíblia ou Bíblia para Todos” nos Centros Sociais Sociais Paroquiais 6. A família expressão de Igreja doméstica (unidade-diversidade) 7. Jovens (convocados a um processo de amadurecimento na relação com Cristo e compromisso eclesial e social)

ÁREAS PASTORAIS TRANSVERSAIS

Formação [Instituto Diocesano de Estudos Pastorais - IDEP]

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Informação atualizada em 05.03.2024.