JNC25: «Partilhar o meu tesouro que é Cristo», irmã Florbela Vieira testemunha fé e missão | Diocese Bragança-Miranda
Religiosa, das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, partilhou o seu percurso como professora de matemática e catequista nas Jornadas Nacionais de Catequistas, que decorreram em Fátima no último fim de semana, sob o tema «O Credo: A fé celebrada e testemunhada»
Na tarde de sábado, e no painel que reuniu três catequistas sob o tema «O catequista chamado a anunciar a vida nova do Evangelho», a Irmã Florbela apresentou o seu testemunho como mulher de ciência e de fé, sublinhando que ambas podem coexistir de forma harmoniosa.
“É o gosto pela matemática, mas muito profundo, e é também o amor a Jesus Cristo. As duas podem combinar-se perfeitamente”, afirmou, citando as palavras de São João Paulo II na encíclica Fides et Ratio: «A fé e a ciência são as duas asas do espírito humano», afirmou.
Ao partilhar a sua história pessoal lembrou que enquanto professora, procurou sempre aproximar a racionalidade matemática da dimensão espiritual.
“Dizia sempre aos alunos que esta ciência [ndr: matemática] pode ser bastante difícil, mas o amor que colocarmos nela vai torná-la mais simples. A arte de perdoar é ainda mais difícil, e perdoar exige de nós muito — até a nós próprios”, explicou, referindo que encontrava na fé paralelos que a ajudaram a tornar o ensino mais humano e transformador.
Sobre a sua vocação de catequista, a religiosa recordou que tudo começou com um convite feito.
“O Papa Francisco disse-o bem: não é dar aulas, é mostrar o nosso amor a Jesus e ser testemunha desta salvação de que somos alvo.”
Hoje, continua a exercer essa missão com alegria e entrega, “partilhando o tesouro que é Cristo com crianças, adolescentes, jovens, adultos e mais velhos”.
Na sua intervenção, destacou também a importância do testemunho recíproco na catequese: “Ao partilhar, eu recebo também o testemunho de fé dos outros. Como aquela adolescente que me disse: ‘Irmã, tenho saudades das aulas’ — mas o que ela queria dizer era que tinha saudades dos encontros com Jesus.”
Questionada sobre os desafios atuais da catequese, a religiosa reconheceu que o contexto mudou profundamente. “Temos de estar continuamente abertos e atentos a tudo o que vem de novo”, afirmou, elogiando “a qualidade e o empenho da equipa do Secretariado Nacional e do Educris” na elaboração de novos materiais e itinerários. “Hoje surgem novas realidades e também novas fragilidades humanas, e é essencial trabalharmos em equipa, sentir-nos corpo e colaborar uns com os outros.”
A Irmã Florbela concluiu com uma nota de esperança e autocrítica: “Quando algo não corre tão bem, o exame de consciência e o sacramento da reconciliação ajudam-nos a procurar sempre melhorar.”
Educris|21.10.2025





