Alocução de Nuno Almeida no final da Procissão da Senhora das Graças | Diocese Bragança-Miranda
FINAL DA PROCISSÃO
Com a Mãe das Graças e na companhia de tantos santos e santas (em tão grande número de andores) que representam as comunidades eclesiais das Unidades Pastorais presentes no Município de Bragança, sentimo-nos peregrinos abençoados e motivados no caminho da vida terrena para a vida eterna, que é Cristo vivo, luz da eterna luz.
Olhamos para Maria, Senhora das Graças, com alegre admiração e gratidão porque é por meio dela que também nós podemos conhecer o mistério da descida do Espírito, o amor imenso do Pai, a vinda de Jesus, Filho do Altíssimo.
Olhamos para Maria, Senhora das Graças, como mãe e modelo que nos faz compreender a finalidade do nosso caminho sobre a terra, de toda a história humana e do universo: sermos verdadeiros filhos de Deus Pai, movidos apenas pelo amor do Espírito e com Jesus Cristo, em nós e entre nós, procuramos testemunhar e anunciar a fraternidade. Somos um povo de filhos e de irmãos!
Vale a pena voltar às palavras finais do Papa Francisco, em Fátima, durante a Jornada Mundial da Juventude: “Gostaria que hoje olhássemos para a imagem de Maria, e cada um se interrogasse: Que me diz Maria como Mãe? O que é que me está a indicar? Indica-nos Jesus; às vezes indica também que alguma coisa no coração não regula bem, mas sempre indica. «Mãe, o que é que me estás a indicar?» Façamos um breve momento de silêncio e cada um diga em seu coração: «Mãe, o que é que me estás a indicar? O que há na minha vida que Te preocupa? O que há na minha vida que Te entristece? O que há na minha vida que Te chama a atenção? Indica-mo!» E Ela indica o coração, para que Jesus venha até ele. E assim como nos indica Jesus, a Jesus indica o coração de cada um de nós.
A Virgem Santa Maria é toda vestida de luz, mais brilhante que o sol, e envolve-nos no seu manto de afeto e ternura, como no seio materno. O seu coração é como uma fogueira acesa que arde e alumia, porque revestida da Luz. No coração de Maria, imensamente grande, cabemos todos e cada um de nós na sua singularidade. Esta é a causa da nossa alegria e da nossa esperança.
Temos uma mãe e rainha que nos guia pelo caminho do bem e da paz. “Sob a proteção de Maria, sejamos, no mundo, sentinelas da madrugada que sabem contemplar o verdadeiro rosto de Jesus Salvador, aquele que brilha na Páscoa, e descobrir novamente o rosto jovem e belo da Igreja, que brilha quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor. (Da Homilia do Papa Francisco em Fátima).
Salvé, estrela da manhã,
Venerável Mãe de Deus e sempre Virgem,
Feliz porta do céu.
Recebeste aquele “Salve” da boca de Gabriel.
Asseguraste-nos a paz,
Pois mudaste o castigo de Eva.
Solta as cadeias dos presos,
Dá luz aos cegos,
Livra-nos dos nossos males,
Alcança-nos todas as graças.
Mostra que és nossa Mãe
E receba de ti nossas preces
Aquele que por nós nasceu e quis ser teu Filho.
Virgem singular,
Entre todas, a mais humilde.
Faz, que limpos da culpa,
Sejamos humildes e sãos.
Concede-nos uma vida pura,
Prepara-nos um caminho seguro,
Para que vendo a Jesus
Sempre nos alegremos.
Glorificamos a Deus Pai,
E máxima honra a Cristo e ao Espírito Santo:
Aos Três um mesmo louvor. Ámen!
(Arquiconfraria da Senhora das Graças)