D. José desafiou os católicos a combater a indiferença para com o outro | Diocese Bragança-Miranda
O bispo da Diocese de Bragança-Miranda apelou aos fiéis para que se esforcem para combater a indiferença na sociedade e para estarem mais atentos ao sofrimento do outro. Esta foi a principal mensagem de D. José Cordeiro na primeira Eucaristia do Ano Novo, celebrada na Catedral de Bragança a 1 de janeiro, Dia Mundial da Paz. "Não podemos continuar a fazer de conta que não acontece na minha casa, na minha rua, na minha cidade ou no meu país. Temos de combater a indiferença. É este o desafio. Porque é com respeito, perdão, acolhimento e misericórdia que acolhemos a paz", disse na homilia.
O prelado tomou a palavras do Papa Francisco, que na tradicional mensagem de Ano Novo pediu aos católicos que combatam a “torrente de miséria, injustiça e violência” no mundo, e recusem olhar com indiferença para aqueles que sofrem. "O Papa Francisco interpela-nos a ultrapassar a indiferença, porque esta é a grande inimiga da paz. Pede-nos que nos gestos concretos façamos a diferença e estejamos mais atentos", referiu D. José.
A violência doméstica para com as mulheres e os idosos está a aumentar, também no distrito de Bragança. Esta realidade preocupa o bispo diocesano. "Sabemos que há muita indiferença dos vizinhos e dos familiares. Este é um caso concreto em que podemos estar mais atentos. Podemos falar de tantas outras coisas, como as formas de pobreza física e cultural espiritual que a nossa sociedade vive", explicou, ressalvando, ainda, que em causa está a dignidade da pessoa, e um crime público, pelo que ninguém deve ter receio de se imiscuir na vida dos outros. "O mais triste é esta indiferença. O não quererem comprometer-se e ajudar. Isso não pode ser só remetido para as instituições e forças de segurança tem de ser uma colaboração e responsabilidade de todos", explicou.
Uma forma de construir a paz passa, também, por "combater a indiferença, seja ela de que tipo for", destacou o bispo diocesano, que notou que quando se fala de paz "se fala de desenvolvimento, dignidade da pessoa humana, do bem comum, porque ela sintetiza todos os valores, dons e virtudes".
Glória Lopes, in "Mensageiro de Bragança", 07.01.2015





