[1]Sáb, 23/08/2025 - 15:59
Irmãos e irmãs!
A beleza desta Festa da Senhora das Graças (agradecemos à Confraria da Senhora das Graças e a todos os que apoiaram e, sobretudo, a todos vós que, sem medo do calor, viestes participar!) prova que a devoção mariana é uma característica evidente da fé cristã nas pessoas de Bragança e de todo o Nordeste Transmontano.
A Virgem Santa Maria é toda vestida de luz, mais brilhante que o sol, e envolve-nos no seu manto de afeto e ternura, como no seio materno. O seu coração é como uma fogueira acesa que arde e alumia, porque revestida da Luz.
Com a Mãe das Graças e na companhia de tantos santos e santas (em tão grande número
de andores) que representam as comunidades eclesiais das Unidades Pastorais presentes no Município de Bragança, sentimo-nos peregrinos abençoados e motivados no caminho da vida terrena para a vida eterna, que é Cristo vivo, luz da eterna luz.
Milhões de pessoas vivem, atualmente, no meio de conflitos insensatos. Mesmo em lugares outrora considerados seguros, como a nossa velha Europa, há hoje uma sensação geral de medo. A todas as horas somos surpreendidos por imagens de morte na Ucrânia e em Gaza, pela dor de inocentes que imploram ajuda e consolação, pelo luto de quem chora uma pessoa querida por causa do ódio e da violência, surpreendidos pelo drama dos deslocados que fogem da guerra ou dos migrantes que morrem tragicamente» (Discurso ao Corpo diplomático, 09/I/2017).
Neste dia, unimo-nos ao Papa Leão XIV, a toda a Igreja e a todos os homens e mulheres de boa vontade e rezamos pela PAZ! Pedimos a Nossa Senhora o fim das guerras, comprometendo-nos a trabalhar pela reconciliação e pela paz, com coragem, com a confiança que brota da fé de que o mal destruidor e cruel não vencerá.
“Maria, Senhor das Graças, pousai o vosso olhar sobre nós; eis-nos aqui na vossa presença! Vós sois Mãe, conheceis as nossas canseiras e as nossas feridas. Vós, Rainha da Paz, sofreis connosco e por nós, ao ver muitos dos vossos filhos provados pelos conflitos, angustiados com as guerras que dilaceram o nosso mundo.
É uma hora sombria. Esta é uma hora sombria, Mãe. E, nesta hora sombria, colocamo-nos sob os vossos olhos luminosos e confiamo-nos ao vosso coração. Voltai o vosso olhar de misericórdia para a família humana, que perdeu a senda da paz, preferiu Caim a Abel e, tendo esquecido o sentido da fraternidade, não readquire a atmosfera de casa. Intercedei pelo nosso mundo em perigo e tumulto. Ensinai-nos a acolher e cuidar da vida – de toda a vida humana! – e a repudiar a loucura da guerra, que semeia morte e apaga o futuro.
Senhor das Graças, nossa Mãe e Rainha, sozinhos, não conseguimos; sem o vosso Filho, nada podemos fazer!
Imploramos misericórdia, Mãe da misericórdia; paz, Rainha da paz! Mudai o coração de quem está preso ao ódio, convertei quem alimenta e desencadeia conflitos. Enxugai as lágrimas das crianças – nesta hora, choram tanto! –, assisti os idosos que estão sozinhos, amparai os feridos e os doentes, protegei quem teve de deixar a sua terra e os afetos mais queridos, consolai os desanimados, despertai a esperança.
A Vós, Mãe e Rainha, confiamos e consagramos as nossas vidas. A Vós consagramos a Igreja para que, dando ao mundo testemunho do amor de Jesus, seja sinal de concórdia, seja instrumento de paz. A Vós consagramos o nosso mundo, de modo especial consagramo-Vos os países e as regiões em guerra, nossa Mãe e Rainha da Paz. Amém.“(Papa Francisco)
Avé-Maria!
Fotografia: BLR/SDCS